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sexta-feira, 20 de março de 2009

DEM faz afagos em Aécio de olho em 2010





Márcio de Morais - Estado de Minas

Rodrigo Maia (E) participou do encontro com Aécio Neves e o deputado Carlos Melles (D), no Palácio da Liberdade.

Os presidentes nacional e regional do DEM, deputados Rodrigo Maia e Carlos Melles, respectivamente, fizeram afagos ontem ao governador Aécio Neves (PSDB), apesar das recentes declarações do ex-presidente dos democratas Jorge Bornhausen e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM),
favoráveis à candidatura de José Serra à sucessão do presidente Luís Inácio Lula da Silva em 2010. “Começamos a construir nossos palanques estaduais – seremos aliados em 2010”, afirmou Maia, ao explicar o motivo da visita que fez ontem à tarde ao Palácio da Liberdade e a intenção de compor uma chapa para concorrer ao governo do estado, com o apoio de Aécio, seja na condição de cabeça-de-chapa seja na de vice-governador. “

O DEM regional está fechado com o governador para as prévias e, em nível nacional, a iniciativa também tem apoio muito grande”, emendou Melles, ao lado de Maia e Aécio. Segundo Melles, “a ala jovem do partido vê com bons olhos a pré-candidatura de Aécio Neves”.

Maia definiu as declarações de Bornhausen como “escolha pessoal” e que o DEM tem uma postura neutra em relação à disputa no PSDB para definir entre Aécio e Serra. “São dois grandes candidatos, mas não cabe ao nosso partido a escolha entre eles”, disse Maia, transferindo o foco da conversa para o verdadeiro adversário, o PT, partido que ele definiu como “sem limites” no uso da máquina pública em favor da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), especialmente estatais como a Petrobrás. “Foi uma conversa muito esclarecedora, de muita unidade”, resumiu o governador, se furtando a avaliar as declarações de Bornhausen de que Serra seia o candidato natural tucano.

Maia disse que tem Bornhausen como padrinho político, mas discordou da colocação. Segundo ele, candidatos naturais são aqueles políticos que buscam a reeleição. “Para mim, candidato natural é Arruda (José Roberto, governador do Distrito Federal), Cesar Maia e Kassab (Gilberto, prefeito de São Paulo)”, afirmou, referindo-se a situações claras dentro do seu partido.

Sem limitesMaia reconheceu que já se manifestou favorável à candidatura José Serra, mas isso antes de Aécio lançar sua pré-candidatura em oposição ao governador paulista.


Tão logo o governador mineiro anunciou sua condição de candidato, explicou Maia, ele procurou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), para retirar sua preferência e anunciar que iria aguardar o resultado da disputa no partido aliado. “Em dezembro eu procurei o Aécio para explicar que não tinha preferência”, procurou justificar-se ao público mineiro, que apoia o governador mineiro.

Maia acusou o governo Lula de estar destruindo as estatais, para beneficiar-se eleitoralmente. “A máquina (do PT) é poderosa, sem limites, corrupção solta, que destruiu o
Congresso pela forma que Lula governa”, denunciou o deputado, que desprezou a ideia de uma chapa pura no PSDB (com Serra e Aécio juntos). “Em política não se deve abrir mão de espaços”, ensinou, ao considerar indispensável as coligações políticas para vencer o adversário PT. Segundo ele, o apoio do DEM ao candidato do PSDB não está condicionado a nenhuma reivindicação. “A única exigência é o diálogo”, disse.Leia mais

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