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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aécio Neves recebe os tucanos Sérgio Guerra, e Rodrigo de Castro


O governador Aécio Neves se reuniu, nesta quinta-feira, dia 2, no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte, com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, e com o secretário-geral do partido, deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG). Em pauta, as prévias do PSDB que foram aprovadas, por unanimidade, na reunião de quarta-feira, dia 1º, pela Executiva Nacional do Partido, em Brasília, para a escolha do candidato à Presidência da República em 2010.O texto, elaborado pelo deputado Rodrigo de Castro, foi lido na presença de oito senadores e 14 deputados federais, além de integrantes da cúpula partidária.



De acordo com as regras, será levado em consideração o peso eleitoral de cada estado para a computação dos votos. Ou seja, estados como São Paulo e Minas, primeiro e segundo colégio eleitoral do país, respectivamente, terão peso maior.


Transcrição da entrevista do governador Aécio Neves após encontro com o senador Sérgio Guerra (PSDB/PE)
Assuntos: Prévias PSDB e crise no Senado



Venceu o primeiro round com a aprovação das prévias?



Não. Acho que vencemos todos, venceu o partido. Estou tendo a alegria de receber aqui hoje o nosso presidente nacional, o senador Sérgio Guerra, ao lado do secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro. O senador fez questão de me comunicar pessoalmente, agradeço a gentileza, que o partido ontem, como havia sido acertado, regulamentou as prévias. E obviamente se houver realmente uma necessidade da disputa. Mas essa é uma sinalização importante, principalmente para as bases do partido. Continuo achando que nós temos uma grande chance de vencer as eleições no ano que vem, e a partir do momento em que a direção nacional do partido sinaliza a possibilidade de que as bases se mobilizem, sejam ouvidas no momento da decisão, acho que nós damos um passo vigoroso para essa caminhada que espero vitoriosa. Portanto, foi um momento importante. O presidente Sérgio Guerra, na verdade, concretiza um compromisso que já havia assumido conosco e o mais importante é que a aprovação ocorreu com todos os membros da Executiva. Não foi uma disputa. Então não há vencidos, não há vencedores. Vence o PSDB, até porque o próprio governador José Serra já se manifestara anteriormente também favoravelmente, em havendo necessidade, uma consulta às bases do partido.



O senhor disse duas vezes se houver disputa, se houver necessidade. Pode haver um consenso? Vocês estão trabalhando nesse sentido?



É uma possibilidade também, é óbvio, ninguém sabe ainda qual será o quadro no final do ano. Pode ser que haja entendimento. Não sei ainda qual será o caminho decidido pelo governador Serra, o meu próprio dependerá do percurso daqui até o final do ano. Vamos continuar viajando. Já no próximo dia 13 de julho, na outra semana, estaremos em Goiás, em mais um evento do partido, em seguida nós teremos um evento no Ceará e vamos continuar construindo essa agenda de mobilização do partido para discussão de temas que serão importantes na campanha eleitoral. Portanto aquela estratégia, aquele roteiro pré-estabelecido está mantido, agora com um reforço a mais, acho que até com um estímulo a mais para a mobilização das nossas bases, que é exatamente a definição da Executiva Nacional.



O que provocaria um entendimento entre o senhor e o José Serra?



As nossas afinidades e o objetivo da vitória. Todos nós temos, acima de qualquer projeto pessoal, que é legítimo na vida pública, um objetivo maior que é vencer as eleições, implementar um novo modelo de gestão no país, construir uma nova agenda que esse governo infelizmente não cumpriu. Então, no momento em que nós chegarmos juntos a uma avaliação consensualmente de que essa ou aquela candidatura é mais viável, e havendo entendimento nessa direção, não haveria necessidade das prévias. Mas se chegarmos ao final do ano ainda com dúvidas sobre qual é a candidatura mais viável, eu disse a vocês esta semana, e repito, o importante numa campanha eleitoral não é a largada, é a chegada. Em havendo dúvida, vamos ouvir o partido, vamos mobilizar as bases do partido, fazendo essa consulta.



O modelo das prévias agrada ao senhor?



Sim, foi um modelo discutido amplamente pelo partido, não foi uma construção nossa apenas. Nós ouvimos, o secretário-geral Rodrigo, em especial, ouviu várias instâncias partidárias, tivemos contribuições importantes e acho que o modelo é adequado. E o mais importante é essa sinalização de que o PSDB, diferente do passado, onde duas ou três pessoas, eu me incluo entre elas, definiam quem era o candidato, agora serão milhares de tucanos do Brasil inteiro que vão definir qual a candidatura mais viável para vencermos as eleições.



Sobre essa fragilidade do Senado neste momento, governador, se renuncia ou não renuncia.



Não é bom para a democracia o Congresso fragilizado. O Congresso fragilizado tem uma conseqüência imediata que é o fortalecimento do outro poder, que é o Poder Executivo. E nós não podemos viver num país com uma concentração já tão grande de poderes da União, do Poder Executivo. E falo o Congresso como um todo. Agora em especial o Senado sabe que precisa construir uma nova agenda. O senador Sérgio Guerra tem sido um dos mais operosos construtores dessa nova agenda, ou de um caminho para a superação da crise, uma reforma estrutural no Congresso é claramente necessária, agora os senadores é que vão decidir se com a presença do presidente Sarney ou não. Acho que o senador Sérgio Guerra, muito mais do que eu, até porque ele tem se dedicado muito a esse tema, poderá dizer de que forma esse processo avançará. Repito, o senador Sérgio Guerra tem sido um grande bombeiro nesse momento de crise, na busca de uma solução que passa pelas reformas no Senado, mas, sobretudo, pelo fortalecimento da instituição.



A respeito do colégio eleitoral, o senhor já tem uma preferência de como deveria ser esse colégio eleitoral?



Acho que o que o partido definir, eu estarei de acordo. Pode ser um colégio mais amplo, com os filiados ao partido, por mais que haja dificuldade em relação a filiações que estão sendo recadastradas, ou pode ser talvez um colégio menor, como por exemplo os detentores de mandato somados aos diretórios nacional, estaduais e municipais, é uma alternativa. Qualquer uma delas atende o objetivo que é o de acima da vitória, o de mobilizar o partido. Então estou extremamente satisfeito com a decisão do partido. Agradeço a direção nacional, em especial o senador Sérgio e o deputado Rodrigo, que conduziram esse processo, nós demos um passo muito vigoroso e consistente na direção da unidade do PSDB.

Agencia Minas

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