Entrevista do governador Aécio Neves
Evento: entrevista no estúdio da TV Canção Nova - BH
Data: 27/07/09

Assuntos: Eleições 2010, prévias PSDB, crise no Senado e evento com a presença do presidente Lula em Contagem.
O ex-presidente Itamar Franco disse que o PSDB está demorando a anunciar o nome da candidatura. Enquanto isso, a ministra Dilma sai na frente?
Aécio: Eu tenho dito sempre que o PSDB tem uma estratégia e a nossa não necessariamente é a do governo. Na verdade, o governo busca construir uma candidatura que, com todos os méritos que ela tem, jamais disputou uma eleição, e o caso no campo da posição do PSDB não é bem esse. Nós temos responsabilidades. Eu respeito a posição do presidente Itamar, até porque ele tem tido já uma contribuição enorme a todo esse processo de fortalecimento em nome da oposição, mas eu acho que nós devemos saber administrar as nossas ansiedades e o próprio tempo. Acho que entre dezembro e janeiro é um bom momento para que o PSDB apresente o seu candidato e o conjunto de propostas que esse candidato vai apresentar ao país.
O senhor viaja quando?
Aécio: Já temos agora marcado em Recife, se não me engano no próximo dia 14, logo
Governador, logo depois do encontro que o senhor teve com o Ciro Gomes, na última vez aqui, surgiram alguns rumores na imprensa de que o governador Serra teria ficado irritado.
Aécio: Não chegou a mim. Porque não há nenhuma razão para isso. Se houve algum incômodo é em relação ao deputado Ciro. Eu acho que cada um na política tem autonomia para dizer o que pensa e aquele que se sentir, eventualmente atacado, tem também todo o direito de responder. Ao contrário. Eu tenho conversado permanentemente com o governador Serra. Apesar da torcida contra, mantemos uma extraordinária relação e essa nossa relação é que vai nos permitir chegarmos unidos no momento da decisão do nome. Não há espaço na nossa relação para a intriga e questões menores.
E sobre a proposta de acabar com o Senado. O que o senhor acha?
Aécio: Isso é uma grande bobagem. O que nós temos é que permitir que o Senado faça uma profunda revisão nos seus métodos, nos seus processos internos, como todo o Congresso. Não existe democracia sem um Congresso forte. E o Senado é a representação dos estados. O Senado talvez seja o último instrumento da federação que nós ainda temos hoje, de alguma forma, funcionando no país. É preciso que ele se renove. É preciso que ele possa se reorganizar para se apresentar à sociedade brasileira renovado.
E esse momento do Sarney?
Aécio: É um momento difícil. Vamos esperar que o Senado saiba conduzir isso com serenidade.
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