Promotor Critica Lula e diz que Presidente não Poderia Trabalhar como Cabo Eleitoral
Padrinho político de Dilma Rousseff (PT), Luiz Inácio Lula da Silva tem acumulado, nos últimos meses, as funções de presidente da República e de cabo eleitoral. Mas a participação de Lula em comícios, programas eleitorais e em atos políticos, apesar de não ser ilegal, gera dúvidas éticas e morais, segundo o promotor eleitoral Edson Resende. "A presença de Lula é muito forte na campanha de Dilma. Ele, como presidente, não poderia se envolver tanto assim, tendo em vista que é representante de uma nação. Entretanto, todo mundo sabe que a sua preferência é pela candidata do PT e sua postura está mais para um cabo eleitoral. Eu acho esse tipo de postura lamentável", critica.
Ainda segundo Resende, nada impede Lula de fazer campanha para quem quer que seja. O promotor chama atenção para a distinção entre cabo eleitoral e apoio." Não há uma linha, neste caso, onde se possa fazer uma distinção entre o que seria um apoio e o que seria uma postura de cabo eleitoral, pois cabo eleitoral todo mundo pode ser já o presidente não." E completou: "Numa sessão onde o ministro (STF) Carlos Ayres Britto discutia sobre as inúmeras multas que Lula tinha recebido antes das eleições, ele soltou essa frase ' Não constitui ao cargo de presidente da República fazer o seu sucessor', então eu acho que o presidente não deveria se envolver tanto assim numa eleição".

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