Governador Defende vôos Diretos entre Capitais e Confins
O governador Aécio Neves encaminhou nesta quinta-feira (5), ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, documento com argumentos técnicos que apontam o impacto negativo para o Estado de Minas Gerais, caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorize o retorno de vôos diretos do Aeroporto da Pampulha para outras capitais, descumprindo o acordo que prevê a inclusão dos aeroportos regionais nas rotas das empresas aéreas.
“Essa é uma questão de segurança, ambiental, e tecnicamente muito clara. Preparei um arrazoado que está sendo encaminhado oficialmente ao ministro Jobim, demonstrando a imprudência que seria a transferência de novos vôos para o Aeroporto da Pampulha.
A transferência que fizemos para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, é uma decisão estratégica visando o desenvolvimento do Estado, o incremento das atividades econômicas em Minas. Espero que prevaleça o equilíbrio e a responsabilidade de todos agentes envolvidos nessa questão”, afirmou Aécio Neves, em entrevista, após encontro com o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal.
O governador se reuniu com o ministro Nelson Jobim, no início de fevereiro, em Brasília, tratando do assunto. Na ocasião, Aécio Neves apresentou proposta de expansão do Aeroporto Tancredo Neves, e reiterou ao ministro a sua posição contrária à reabertura do Aeroporto da Pampulha a vôos diretos para outras capitais.
“Temos autoridade, pelo que fizemos até aqui, inclusive com as obras da Linha Verde, de manter e argumentar pela manutenção dos vôos no Aeroporto Tancredo Neves. O retorno dos vôos diretos para a Pampulha desmonta um processo muito bem articulado, que tem apoio de toda a sociedade mineira, que viabilizou inúmeros vôos internacionais para o Aeroporto Tancredo Neves, que deixarão de existir no momento em que não tivermos o hub de distribuição doméstico assegurado, se essas transferências ocorreram para a Pampulha”, disse o governador.
Há três anos, quando 130 vôos foram transferidos para Confins, o aeroporto internacional estava sub-utilizado, com apenas 388 mil passageiros por ano. Em 2008, o Aeroporto Tancredo Neves alcançou o limite de sua capacidade, que é de 5 milhões de passageiros por ano.
Atualmente, o Aeroporto Internacional gera uma receita anual de R$ 70 milhões/ano para a Infraero. Já é um dos seis maiores aeroportos do país, movimentando mais de 430 mil passageiros/mês, operando como hub aéreo que mais cresce dentro da malha aérea nacional. A projeção é de que, em 2011, 9 milhões de passageiros passem por Confins.
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