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sábado, 28 de novembro de 2009

Jovens do Fica Vivo! retratam olhar sobre a cidade











Oficineiros do Fica Vivo!, programa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), realizaram nesta sexta-feira (27), sob o viaduto Santa Tereza, no Centro de Belo Horizonte, uma intervenção de grafitagem ao som de DJ e ritmos comuns ao mundo do grafite, como hip hop, black music, break beat e funk dos anos 70. O evento envolveu 160 jovens dos Núcleos de Prevenção à Criminalidade (NPC) dos bairros Santa Lúcia, Cabana, Barreiro e PTB.



Os artistas anônimos mostraram nas telas seu olhar sobre o espaço urbano. Uma das intervenções representou um aglomerado urbano caindo por uma ampulheta. Outra mostrou prédios em forma de latas de spray, reforçando que o grafite está por toda a parte. Arranha-céus pintados de azul, misturando-se às nuvens de um céu da mesma cor, ilustraram outra tela. Quatro telas brancas se transformaram em verdadeiras obras de arte, retratando a cidade e suas nuances.



A demonstração ao vivo do talento dos autores antecedeu a exposição de grafite que acontecerá no foyer do Palácio das Artes , no período de 3 a 12 de dezembro. As quatro telas produzidas integrarão o material que será exposto. “Cerca de 400 jovens de 19 NPCs de Belo Horizonte e RMBH, participantes de oficinas de grafite, envolveram-se nesse processo, confeccionando um total de 120 telas”, disse Felipe Tameirão, gerente do Programa Fica Vivo!



A superintendente de Prevenção à Criminalidade da Seds, Fabiana Lima Leite, destacou a importância do Fica Vivo! para a realidade dos jovens. “O programa tem como objetivo potencializar a cultura, a arte, o esporte, mobilizando os jovens para que tenham uma participação ativa e uma ocupação de outros espaços públicos da cidade”, reforçou.



Aluno de grafite do Fica Vivo! do Cabana, Marcelo Henrique Duarte, fez questão de manifestar sua satisfação em participar do evento. Ele disse que o mais importante foi poder ter contato com jovens de outras comunidades. “A gente conseguiu, aqui, nos unir, coisa que é difícil por causa da distância ou, às vezes, por causa de criminalidade”.



Para o oficineiro Leandro Morais, do bairro PTB, a experiência permite que os participantes façam uma comparação entre a pintura que fazem nos muros com a da tela. “Quando a gente grafita os muros das cidades, dividimos os espaços. Aqui percebemos podemos fazer a mesma coisa. Estamos dividindo a tela e a nossa visão sobre a cidade com outros oficineiros”, concluiu.



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